Inclusão, diversidade e democracia

Inclusão, diversidade e democracia

Diversidade como fator de qualidade e equidade

Resumo:

Como mencionado em tema anterior, o aprimoramento contínuo das formas de ingresso à Universidade (vestibular Unicamp, bônus para alunos de escolas públicas, cotas étnico-raciais, vestibular indígena, ingresso por Enem e olimpíadas de conhecimento) reforçou as políticas de ação afirmativa e permitiu ampliar a diversidade dos estudantes da Graduação.

Na pós-graduação há movimentos para ampliar a diversidade étnico-racial e por gênero e, respeitando-se a autonomia dos programas, é um caminho desejável e já trilhado por várias unidades de ensino e pesquisa e muitas universidades.

A inclusão tem que ser pensada de forma ampla, por meio de políticas que fomentem a diversidade e representatividade de todos os grupos, em todos os segmentos (estudantes, funcionários e professores) nas instâncias decisórias em todas as unidades, campi e áreas de conhecimento.

A multiplicidade de vozes e de perspectivas permite consolidar o projeto de uma universidade diversa e pautada pela cultura do respeito, do diálogo e dos princípios democráticos.

Parte importante nas políticas de inclusão está associada aos programas de permanência estudantil. O aporte de recursos é considerável e devemos ampliar esforços para consolidar os programas existentes.

No que diz respeito a docentes e funcionários técnico-administrativos, uma política institucional de inclusão e valorização da diversidade deve garantir condições para que todos possam se desenvolver profissionalmente. Ela deve incluir medidas para garantir maior representação de grupos tradicionalmente excluídos das posições de liderança, tanto na dimensão acadêmica, quanto na gestão. Isso será feito por meio do desenvolvimento de iniciativas para apoiar jovens docentes e funcionários, iniciativas para estimular igualdade de gênero e igualdade racial em todos os setores da universidade, além de iniciativas para apoiar o avanço na carreira das pessoas com deficiências.

Essas iniciativas só terão sucesso se pudermos garantir um ambiente seguro e estimulante para quem estuda e trabalha na Unicamp. Nossa universidade deve se distinguir por seu ambiente de diálogo, respeito e convivência, pautada pela construção de uma cultura democrática e pela defesa dos direitos humanos.

A criação da Diretoria Executiva de Direitos Humanos é um importante exemplo da evolução das políticas afirmativas da universidade. Todas as ações que estimulem a difusão de uma cultura do respeito no convívio cotidiano, nas relações interpessoais e nas atividades de ensino, pesquisa e extensão serão apoiadas, sem retrocessos. Nosso compromisso é continuar avançando neste assunto para tornar as ações ainda mais efetivas, fortalecendo, por exemplo, as comissões assessoras (CADER, CAIAPI, Gênero) e as comissões de mediação e, na medida do necessário, criando novas instâncias.

Universidade rima com diversidade e com criatividade. E essa diversidade fortalece os princípios democráticos que estão na base de todas as políticas institucionais e nos fundamentos da excelência desta Universidade.

Diversidade também rima com qualidade, como atestam os exemplos das principais universidades do mundo. O conhecimento e a ciência avançam mais onde há diversidade de pessoas, ideias, grupos e, sobretudo, um ambiente sem preconceitos e de respeito à pluralidade.

Íntegra deste capítulo no Programa de Gestão.

Comentários estão fechados.