Financiamento e desenvolvimento da área de saúde
Buscar e implementar novos modelos de financiamento e de gestão que permitam amplo desenvolvimento das áreas de atendimento em saúde da Unicamp
Resumo:
Esse é um assunto da maior importância, considerando a grande capacidade e diversidade de atendimento que a área de saúde oferece frente aos custos normalmente acima do crescimento do orçamento da Universidade.
A Unicamp trouxe respostas rápidas e eficientes à pandemia da COVID19 graças à excelência de seus profissionais e ao reconhecimento de que a interação ciência-prestação de serviços é fundamental para impulsionar o atendimento de qualidade a toda população. A pandemia acentuou a importância da área para a população e para a própria universidade.
Desde a conquista da autonomia universitária pelas universidades paulistas, no fim dos anos 1980, até o momento, as áreas de atendimento em saúde têm sido amplamente financiadas por recursos do orçamento da Unicamp, trazendo um estrangulamento progressivo justamente pelo modelo pouco elástico de financiamento.
Hoje cerca de 70% das despesas dos hospitais universitários são custeadas com recursos orçamentários da Unicamp, sendo o restante obtido via convênios SUS e por emendas parlamentares que os gestores da área têm conseguido obter.
Assim como ocorreu com outras universidades, é preciso buscar um modelo de financiamento adequado, pelo qual serviços de atendimento em saúde tenham origem nos orçamentos de saúde, com verbas oriundas dos três níveis de governo (municipal, estadual e federal), e não dependam majoritariamente de recursos destinados à educação, ciência e tecnologia.
O atual modelo de financiamento precisa ser repensado para encontrarmos soluções que mantenham o caráter público e de qualidade do atendimento à população e para o desenvolvimento permanente das demais funções ligadas à área da saúde, como o ensino e a produção de conhecimento.
Nossa gestão identificará e implementará modelos (jurídicos e gerenciais) que sejam coerentes com a tripla função exercida pelas áreas da saúde: o atendimento à população, o ensino e a pesquisa. É essencial garantir que a implementação desse modelo tenha viabilidade política, jurídica e administrativa.
Qualquer que seja o modelo escolhido, nossa gestão buscará garantir um excelente ambiente de trabalho para profissionais que têm, seguidamente, demonstrado elevada dedicação nas mais diversas (e adversas) situações.