Sergio Salles

Professor Sergio Salles: pronto para o desafio

Pai de quatro filhos, o professor Sergio Salles é casado e tem duas netas. 
Engenheiro Agrônomo formado pela UFRRJ (1981), mestre em Ciências Agrárias pela Unesp de Botucatu (1985) e doutor em Economia pela Unicamp (1993), é hoje diretor do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp e professor titular do Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT) do mesmo instituto.
Paulistano, nasceu no bairro de Santo Amaro em 1959 e cresceu no Brooklin, na rua Joaquim Nabuco. Filho de pai advogado (falecido) e mãe artista plástica (ainda na ativa, com exposição em São Paulo), Sergio tem um irmão em São Paulo e uma irmã já falecida. 
Mesclando em sua trajetória trabalhos teóricos e aplicados, dentro e fora da Universidade, construiu um caminho profissional singular: além de conhecer as diferentes formas de organização e valoração do trabalho acadêmico nas diversas áreas do conhecimento (e essas formas são muito diferentes nas diferentes áreas), teve a oportunidade de vivenciar, na prática, o dia a dia de várias instituições de C&T. Esta é uma das marcas do seu perfil que o diferencia para a reitoria da Unicamp.

Especialista em Gestão

Diante de problemas, Sergio tem o impulso de buscar soluções. Suas linhas de pesquisa acadêmica são em economia, planejamento e gestão de ciência, tecnologia e inovação no processo de desenvolvimento. Em suas áreas de interesse estão Política Científica e Tecnológica, Planejamento e Gestão de Organizações de Pesquisa, além de ter se consolidado como uma referência em Avaliação de Impactos de políticas e programas de ciência e tecnologia.
Na Unicamp, foi ganhador por três vezes do Prêmio Zeferino Vaz (1998, 2001 e 2009), em reconhecimento ao seu desempenho acadêmico. Foi Visiting Scholar no Manchester Institute of Innovation Research, Coordenador Adjunto Especial de Avaliação de Programas da Fapesp e coordenador do Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação do setor Sucroenergético.
Em 1995, fundou o Grupo de Estudos sobre Organização da Pesquisa e da Inovação (Geopi), que se tornou referência nacional e internacional em estudos teóricos e práticos sobre seus temas de pesquisa.
Além de dar aula de Geografia Agrária e Desenvolvimento da Agricultura Brasileira na graduação, é docente na pós-graduação atuando nas áreas do conhecimento em que se especializou – gestão, avaliação e planejamento de organizações de pesquisa.
Trabalha de forma sistemática em avaliações e estudos prospectivos e no apoio à criação de planos estratégicos para diferentes organizações e áreas do conhecimento. 

Dentro e fora da universidade

Todo o seu conhecimento, Sergio tem levado para suas atividades práticas, dentro e fora da universidade. Em 2000, assessorou o então secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia na redação do Livro Verde da Ciência, Tecnologia e Inovação, juntamente com mais três colegas.
Em seguida, foi Superintendente de Planejamento Operacional da Finep durante o período de 2001 a 2003, no Rio de Janeiro, com o objetivo de implementar os recém criados Fundos Setoriais, mecanismos de fomento que mudaram o rumo do financiamento da pesquisa no Brasil.
Novas perspectivas de trabalho se abriram com sua passagem pelo governo, uma experiência que ele considera ter sido um grande salto em sua vida profissional, dando novo impulso ao seu grupo de pesquisa e aos trabalhos acadêmicos de orientação de mais de 50 dissertações e teses e de dezenas de publicações e de trabalhos práticos.
Em 2010, a convite do então Reitor, professor Fernando Costa, assumiu a direção pró-tempore da Faculdade de Ciências Aplicadas de Limeira (FCA/UNICAMP). Um desafio que também considera um marco em sua carreira dada a característica única da FCA de ser uma Unidade de Ensino e Pesquisa com cursos em várias áreas do conhecimento (tecnológicas, saúde, humanidades e sociais aplicadas) sem as tradicionais divisões departamentais e sobretudo palco de uma fantástica experiência multidisciplinar da Unicamp.
Determinado e pragmático, Sergio vive o presente e o futuro próximo.  Viveu uma infância de brincadeiras, entre a rua e escola semi-integral. Na adolescência, enfrentou uma crise financeira familiar e se adaptou a novos padrões. Quando chegou à maioridade, optou por sair de São Paulo para viver intensamente a vida universitária no Rio de Janeiro, onde cursou Engenharia Agronômica na Universidade Federal Rural, em plena década de 1970, num local que à época era considerado dos mais alternativos do meio universitário brasileiro.
Estudando novas fontes de energia (fim dos anos 1970, em plena crise do petróleo), Sergio buscou e encontrou a continuidade dos seus estudos no recém criado curso de mestrado em Energia na Agricultura na Unesp de Botucatu. Neste curso pioneiro defendeu sua dissertação sobre tratamento biológico de resíduos agroindustriais para produção de biogás.
Sua especialização em processos fermentativos no mestrado chamou atenção de colegas do então Núcleo de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp que o convidaram a realizar estudos técnico-econômicos sobre os impactos da biotecnologia em âmbitos nacional e global.
Foi assim que ingressou na política científica e tecnológica, aprofundando-se cada vez mais em estudos teóricos e práticos. Seu doutoramento em Economia na Unicamp foi um passo decisivo na consolidação de sua formação e na escolha de suas opções profissionais.

Pronto para o desafio

Atento a tudo e a todo momento, aos 61 anos, Sérgio Salles está disposto a um novo desafio em sua vida: fazer uma nova gestão na reitoria da Unicamp.
“A minha motivação é que cada vez que eu vejo as questões, os desafios, os problemas que as pessoas me falam na universidade, minha cabeça já começa a gerar soluções, já penso em implementar coisas, e isso me estimula, me dá ânimo. Na hora que chega no debate, na conversa do que fazer, aí a adrenalina sobe. Eu gosto disso, me dá prazer encontrar soluções, e na maioria dos casos eu sei o que fazer. Na Unicamp, não basta ter bons docentes e pesquisadores. A gente precisa ter um modelo de governança interno que precisa ser mudado. Acho que a Unicamp precisa ir para outro patamar de universidade. Precisamos mudar as práticas e fazer com que ela avance. Também gosto do trabalho em grupo. Tenho muita facilidade com isso, sei coordenar grupos, tarefas e atividades. Este traço foi sendo cultivado ao longo dos anos. Coloco as pessoas para conversarem. Isso me caracteriza. Não tenho dúvida de que é um perfil assim que a Unicamp está precisando.”

Curriculum Lattes

http://lattes.cnpq.br/6488894293305500

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