Com o tema “As Mulheres e a Universidade”, a mesa-redonda online organizada pela professora Eliana Amaral marcou o dia 8 de março com depoimentos sobre trajetórias de vida, desafios da carreira acadêmica e histórias de lutas e conquistas. O encontro contou com a presença da reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Regina Goulart; da professora da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) Nina Ranieri, e da professora de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) e pesquisadora do Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas (Cemicamp) Maria José Osis.
A iniciativa teve a participação especial, como debatedoras, da professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Francis Tourinho, da professora do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, Regina Célia de Oliveira, da assistente social do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE/Unicamp), Elaine Barbosa e da estudante indígena Marcela Torres. Elas apresentaram demandas e obstáculos vivenciados em diferentes contextos. 
Em sua fala de abertura, a professora Eliana Amaral, candidata à vice-reitora da Unicamp na consulta em curso, destacou que é preciso celebrar as conquistas e pontuar em que sentido ainda é preciso avançar. “Quero lembrar como a Unicamp é diversa, com diferentes perfis de mulheres que devem ser representadas. As pautas não são únicas, as necessidades são diferentes, mas todas concordamos que precisamos buscar a equidade de gênero”, enfatizou.
O encontro reuniu mais de noventa participantes na transmissão ao vivo, e as falas foram tão inspiradoras que o evento alcançou mais de 280 visualizações no Canal Uma só Unicamp no YouTube. As convidadas tiveram a oportunidade de dividir suas trajetórias de vida e acadêmica, bem como as dificuldades enfrentadas, principalmente, no que diz respeito à questão de gênero. Mas também ouvimos muitos avanços, resultado da luta permanente de grupos distintos de mulheres que buscam fazer valer os seus direitos, em especial, no contexto acadêmico e universitário.
Entre os temas abordados, a saúde da mulher e a questão da maternidade na área acadêmica, incluindo a necessidade de mais informação para atrair mais mulheres para as universidades, com ações afirmativas de acesso e permanência, bem como a adaptação de espaços e atividades para mães lactantes. Também foi destacada a importância oportunizar que mais mulheres estejam em cargos de gestão, já que as mulheres são maioria entre discentes e funcionárias, mas uma pequena parcela ascende a cargos de liderança e coordenação. Tiveram ainda reafirmados os desafios enfrentados os movimentos de militância pela ampliação dos direitos e contra retrocessos, por representatividade e sororidade.
Caso não tenha conseguido participar, acesse o vídeo na íntegra. Vale a pena ouvir as histórias e proposições dessas mulheres incríveis!