Mudar radicalmente a forma de avaliação do servidor, integrar os campi e estudar destinações específicas de recursos foram algumas das propostas apresentadas pelos professores Sergio Salles e Eliana Amaral durante as reuniões que fizeram com a Secretaria de Administração Regional (SAR), no dia 9/02, e com técnicos de laboratórios, no dia 10/02.
Muitos dos participantes já haviam lido o Programa de Gestão da chapa Uma Só Unicamp e puderam tirar suas dúvidas de forma mais focada. Os professores ouviram elogios ao plano, especialmente com relação a temas como infraestrutura e carreira Paepe, além do destaque à modernidade das propostas.
Na SAR, uma das preocupações é com sua abrangência de ação e com a integração dos campi. Houve consenso sobre a importância de integrar a SAR com Piracicaba e Limeira. Um dos impedimentos é o quadro de funcionários insuficiente para isso. A equipe também apontou a necessidade de integração sob a ótica administrativa e financeira.
Para o professor Sergio, seria importante a SAR ter um recurso específico, para facilitar suas ações. “Precisamos de integração dos campi e dos níveis de ensino. Todas as ações que dizem respeito à Unicamp têm que ser integradas. A SAR precisa ser fortalecida, de forma integrada com DEPI e prefeitura. Precisamos eliminar qualquer tipo de dispersão das atividades, também em Campinas”, disse o professor.
Para a professora Eliana, também é muito importante ter um bom mapeamento das demandas diferenciadas de cada unidade. “Às vezes um modelo comum para todos pode não atender as especificidades.”
Sergio Salles também falou sobre a proposta de investimento em infraestrutura. “É preciso retomar as obras.” E lembrou ainda da necessidade de investimento no Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), de extrema necessidade. Isso implica em treinamento de brigadistas e socorristas, além do fortalecimento da Cipa, disse Sergio. A professora Eliana reforçou a importância destes investimentos e destacou a necessidade de obras de acessibilidade.
Outro tema abordado na reunião com a SAR foi a comunicação interna. “Não há dúvida de que é um tema essencial. É preciso ter investimento, mais jornalistas”, disse o professor. Finalizando, Sergio falou ainda sobre alinhamento, melhoria de processos, assessoria jurídica e gestão, como um todo.
Laboratórios
No dia 10/02, tivemos um encontro com a equipe de técnicos de laboratórios da Unicamp. Os professores Sergio Salles e Eliana Amaral foram informados sobre a evolução na qualificação do corpo técnico que ocorreu nos últimos anos, mas que em contrapartida não houve evolução nas carreiras destas pessoas. A questão colocada foi: como lidar com o reconhecimento da formação?
Sergio afirmou que há um compromisso da chapa de aperfeiçoar e desenvolver a carreira. “Isso significa criar níveis para mostrar às pessoas até onde elas podem chegar. Não podemos ter uma carreira com uma abrangência tão estreita. Precisamos ampliar e desenvolver a carreira e também rever a forma de avaliação. Precisamos de uma política integrada de recursos humanos e também trabalhar os elementos da mobilidade. Devemos nos valer fortemente do planejamento nas unidades e também do apoio da Educorp”, discorreu o professor. Eliana reforçou a necessidade de mudar radicalmente as formas de avaliação e acrescentou sobre a importância de se fazer um mapeamento das competências e de suas potencialidades.
Ainda dentro deste mesmo tema, Sergio falou sobre a urgência de eliminar represamentos, retomar progressões e fazer um planejamento plurianual. “Precisamos dar uma lógica à carreira Paepe, do planejamento individual junto com o planejamento da unidade (carreira em Y).” Para Eliana, as mudanças têm o objetivo de contribuir como um orientador de carreira.
A respeito de mobilidade, os professores falaram que as mudanças não podem estar em desacordo com a legislação, mas que é possível pensar casos com cuidado, a partir das competências de cada um. Também lembraram da importância da progressão vertical.
Sergio e Eliana ouviram sugestão para diversos assuntos, como uma política institucional para as unidades e laboratórios, a consideração do histórico nas avaliações e progressões, mais profissionalismo na administração de algumas unidades e valorização da identidade profissional.
“Ainda temos uma cultura acadêmica hierarquizada. É preciso avançar na política de diversidade, para isso a questão da identidade profissional é fundamental. Existe sim uma dificuldade de políticas institucionais para a gestão de algumas unidades e laboratórios. A Unicamp não tem uma política integrada de Recursos Humanos, por exemplo, isso precisa existir, para definir certas regras e promover a valorização”, concluiu Sergio.