No dia 07/01, conversamos com a equipe da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) sobre reestruturação da estrutura computacional, interseção de carreiras e orçamento, entre outros temas importantes trazidos para a reunião. Falamos também sobre os perfis dos candidatos da chapa Uma Só Unicamp, que são diferentes e complementares.
Sergio Salles é engenheiro agrônomo, mestre em Ciências Agrárias e doutor em Economia (perfil completo no site: https://www.sergioeliana21.com.br/sergio-luiz-monteiro-salles-filho/), com experiência em organização, avaliação, planejamento, estudo do futuro e modelos jurídicos. Enquanto Eliana Amaral é médica, mestre e doutora em Tocoginecologia (perfil completo no site: https://www.sergioeliana21.com.br/eliana-amaral/), com experiência em gestão de ensino e em administração, especialmente na área da saúde. Ambos são professores da Unicamp.
“Os dois pensam igual no trato de pessoas e na visão de administração colaborativa, sempre ouvindo para construir junto. Há complementaridade – as competências e experiências de cada um na sua área, além de liderança e gestão em diferentes áreas”, completou a professora Eliana.
Um dos temas da pauta foi o Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho (CENAPAD), sistema computacional de apoio às atividades de P&D nas áreas de Ciência e Tecnologia da Universidade. O professor Sergio Salles falou que atribui muita importância à reestruturação pela qual passa atualmente. Dentro deste contexto, também se conversou a respeito dos recursos de projeto FINEP para aquisição de uma máquina de grande porte e do grande número de projetos atendidos.
“Toda iniciativa de centros de equipamentos de grande porte e multiusuários são sempre bem-vindos e bem vistos”, disse Sergio. “Será preciso uma política de uso destes equipamentos, como já acontece com outros laboratórios multiuso da Unicamp.”
Na ocasião, foi lembrado que o CENAPAD atende a todo o País e não apenas à Unicamp, mas quem arca com as despesas de infraestrutura e funcionários é a Universidade. Há um conselho técnico para gerenciar a política de gestão para esses equipamentos. No entanto, a equipe reivindica uma política mais transparente.
A professora e candidata a vice-reitora Eliana Amaral perguntou como o CENAPAD pode atender ao aumento da demanda por parte da Unicamp. A resposta está nos novos equipamentos como o que está sendo adquirido com os recursos da FINEP, a divulgação e a política transparente de uso desses equipamentos, além de infraestrutura para abrigar novos equipamentos.
Carreiras
Sobre carreiras, o professor Sergio Salles falou do quão importante é a questão da carreira, “pois as pessoas devem saber onde podem chegar”. Falou, por exemplo, da situação dos MS-3 que fizeram concurso para livre docente e não foram promovidos para MS-5. No caso dos funcionários, ele lembrou das críticas ao processo de progressão de 2019, e falou do GT implantado pela reitoria no ano passado, que já apresentou uma proposta que aponta mudanças importantes e necessárias no modelo 2019. “O programa Uma Só Unicamp – Sergio e Eliana fala sobre itens como recursos, carreira e valorização e critérios.”
Sergio também falou sobre a falta de uma política integrada de RH, gestão de pessoas e capacitação (no sentido amplo: atualização, capacitação, cursos básicos, cursos de longa duração, extensão, especialização e pós-graduação – latu e stricto sensu). “É necessário ser implantada.”
Outro tema trazido para o debate foi o das interseções de carreiras. Para a professora Eliana, há funcionários muito qualificados que poderiam auxiliar na aulas de graduação, mas há um problema legal, pois pode ser caracterizado como desvio de função. “É preciso rever essa situação.” Falta na Unicamp criar oportunidades para que funcionários qualificados possam, por exemplo, submeter projetos de pesquisa para orientação de Iniciação Científica (IC). Há funcionários graduados e pós-graduados, mas que são concursados como nível médio. Segundo a professora, esta é uma questão que está em estudo, já com minuta na Procuradoria Geral.
Eliana também defende que a gestão mexa na política de línguas estrangeiras: “Não tem como internacionalizar sem o oferecimento de disciplinas em inglês, como já acontece no Instituto de Física (IFGW), que tem oferecido a opção de disciplinas com turmas em português e turmas em inglês.”
Sociedade e orçamento
A respeito da percepção da sociedade, o professor Sergio destacou a importância do caráter público, gratuito e plural da Unicamp. “Temos que saber nos comunicar com a sociedade, no sentido de construir nossa legitimidade. Temos que criar um mecanismo para mostrar à sociedade o papel da Universidade.” Isso implica, inclusive, na questão da política orçamentária e de como a sociedade enxerga os reajustes.
Apesar do momento instável com relação ao orçamento e às amarras legais, os candidatos afirmam que o cenário aponta que é possível melhorar nesse aspecto em benefício da comunidade e da sociedade como um todo.